Uma reunião entre as polícias (além da militar, com a guarda municipal), Ministério Público e as torcidas organizadas será realizada na manhã de hoje, às 10 horas, no Quartel Geral da PM, para acertar os detalhes da operação.
“Olharemos esse jogo com bastante atenção. A morte do rapaz vai alterar nas decisões. Vamos fazer a reunião e deliberar o máximo possível sobre o esquema para o jogo que, com certeza, terá mais policiamento”, reconhece o comandante do 1.º Comando Regional da PM, coronel Ademar Cunha Sobrinho.
Os envolvidos na operação deixaram para hoje a divulgação do contingente que será deslocado para a segurança dos torcedores no dia do jogo – normalmente são 500 policiais envolvidos diretamente no entorno e dentro do estádio.
O receio está em uma possível vingança da torcida tricolor Fúria Independente – o torcedor era sócio da uniformizada. De acordo com as investigações da Delegacia de Homicídios, a organizada rubro-negra está envolvida no crime (leia mais nesta página).
“A Delegacia de Homicídios acredita que o principal caminho leva à Fanáticos. Alguém lá sabe quem foi que matou e está se omitindo”, garante o delegado responsável pelo caso, Rubens Recalcatti, admitindo que a investigação não evoluiu.
O delegado, porém, não aposta na possibilidade de revanchismo por parte da torcida paranista. “Eu acredito que não vai se repetir, até porque quem fez sabe que, quando for descoberto, vai direto para a cadeia”.
Para Juliano Rodrigues, vice-presidente da Os Fanáticos, a tensão é inapropriada. “De forma nenhuma existe medo [do revanchismo]. Ficou na mão da Justiça para resolver quem fez isso. A gente não tem nada a ver com essa história. Vamos para a Vila para ajudar o Atlético. Temos uma reunião amanhã [hoje] e iremos colaborar com o que for preciso. Queremos só torcedores de verdade no clássico”.
A reportagem não conseguiu contanto com os integrantes da Fúria.
Colaboraram Gustavo Ribeiro e Helen Anacleto.