“Todas as federações sempre receberam. Quando assumi, no fim de 2007, a FPF não recebia e fomos até o Rio conversar com a CBF e voltaram a pagar”, explicou o dirigente.
O motivo da interrupção parcial teria sido a crise entre o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e o mandatário local, Onaireves Moura.
“Tinha toda aquela confusão, o Moura já havia sido preso, a Federação vivia um momento terrível, não tinham nem para quem pagar”, exemplificou.
Cury explicou que, por um bom tempo, como havia bloqueio das contas por causa das milionárias dívidas da FPF, o dinheiro da CBF era emitido como ordem de pagamento, não era recolhido de propósito e voltada para a Confederação.
“Esse valor acumulado foi, por exemplo, usado para evitar um dos leilões do Pinheirão em 2011. Pedi empréstimo à Federação Gaúcha, Carioca, usei R$ 700 mil de dinheiro próprio e peguei R$ 1,6 milhão que estava acumulado para pagar parte da dívida”, justificou.
Quanto ao uso desse dinheiro como forma de a entidade máxima angariar apoio das federações, Cury releva. “É obrigação da CBF ajudar suas afiliadas. E o voto é secreto. O importante é que está tudo contabilizado, às claras, e é um valor importante que corresponde de 20% a 25% do nosso orçamento”, completou.
As entidades de Alagoas, Roraima, Mato Grosso e Distrito Federal nem sequer registram seus balanços na internet, e o da Federação do Rio Grande do Norte, no site da CBF, está incompleto (não mostra receitas e despesas). Nas demais entidades, o aporte entra em itens como “repasses e subvenções”, ou “subvenções e doações”, “auxílios e subvenções” e até “outras rendas”.
Fonte: Gazetadopovo