“Tudo indica que o prazo anunciado de entrega no dia 30 de novembro será mantido. Mas não podemos esquecer que Curitiba é uma cidade suscetível a variações climáticas que podem atrapalhar o andamento. Temos um atraso tolerável ainda de 30 dias depois disso, até 30 de dezembro”, comentou.
Ele reconhece que detalhes do estádio como corrimão, sinalizações internas, acessórios, armários, por exemplo, devem ser finalizados apenas no ano da Copa.
O secretário contesta, entretanto, a classificação da Arena como a segunda obra mais atrasada para o Mundial, atrás apenas do estádio de Manaus. “Eles não consideram as estruturas já existentes. Visualmente a obra parece menos volumosa do que é, mas tem muita coisa em andamento. Como as estruturas metálicas que estão sendo construídas pelos fornecedores. Já estão sendo feitas, mas ninguém vê”, citou.
Quanto ao polêmico financiamento da obra, o novo responsável pela secretaria informou que até o dia 30 de abril será emitido o primeiro lote de títulos de potencial construtivo – crédito virtual concedido pela prefeitura para se construir imóveis de tamanho acima do estabelecido pela legislação municipal –, no valor de R$ 30 milhões.
“Existe uma preocupação com os compromissos herdados pela prefeitura. É um ônus que foi assumido. Houve toda uma discussão a respeito e uma adequação nos valores (de R$ 90 para R$ 123 milhões). Mas acredito que o montante será suficiente e que não haverá o risco da emissão de títulos acima disto”, disse, em resposta ao Atlético, que alega aumento no custo da conclusão do estádio.
Todo o dinheiro da venda dos títulos irá para uma conta específica para bancar o empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) via agência estadual Fomento Paraná. Reginaldo Cordeiro ainda estuda alguns detalhes da comercialização dos títulos. A expectativa é que o primeiro lote seja vendido até o fim do ano, sob risco de aumento das obrigações da Fomento Paraná, contratante da obrigação.
O Rubro-Negro espera uma parceria com a prefeitura na hora da comercialização, uma vez que há outras modalidades do potencial construtivo no mercado. O valor médio dos títulos é de R$ 300 o metro quadrado, enquanto o do Atlético é de R$ 500, mais o reajuste do Custo Unitário Básico (CUB).
Fonte: Gazetadopovo