Pages

Subscribe:

Tabelinhas a perigo Gramados melhoraram, segundo avaliação da Federação, mas problemas envolvendo buracos, drenagem, pragas e irrigação devem acompanhar o Estadual deste ano, com início no domingo


O Janguito Malucelli é o único estádio que teve o gramado aprovado pela Federação Paranaense de Fu­­tebol. O piso do Ecoestádio – classificado como “excelente” na avaliação da entidade – será assim uma espécie de oásis na edição de 2012 do Paranaense.
Na vistoria realizada pela entidade, em dezembro, os outros três campos da capital foram considerados em, no máximo, boas condições – Arena e Vila Capanema, no entanto, estão fora da competição.
Já no interior do estado apenas Londrina e Toledo tiveram desempenho semelhante. Os outros sete palcos, mais de 60% das praças que serão utilizadas na competição, ga­­nharam o rótulo de “regular” na avaliação envolvendo buracos, escoamento da chuva e possíveis pragas.

Em outras palavras, isso significa dizer que os velhos fantasmas estarão de volta: campos desnivelados, duros, que sofrem pela falta de drenagem e irrigação.
O caso do Caranguejão, em Pa­­ranaguá, é um exemplo: há um mês lutava contra uma infestação de formigas. Com a proximidade da competição, para acabar com o problema, foi necessário tocar fogo em par­­tes da grama. Aparentemente, o problema foi sanado.
“Gramado ruim mesmo não temos nenhum. Ano passado tinha o Arapongas e o Operário. Este ano eles estão muito melhores”, atenua Reginaldo Cordeiro, o presidente da comissão de inspeção de estádios da FPF, com uma ressalva. “Claro, a vistoria no começo de dezembro, já faz mais de um mês. Então isso depende se estão fazendo a manutenção adequada ou não.”
Na edição anterior da competição, Cordeiro foi muito criticado por liberar o Estádio dos Pássaros, em Ara­­pongas. Reformado, com gramado novo, havia sido aprovado com louvor pela FPF. Ele passou despercebido quase todo o primeiro turno da competição. Duas partidas televisionadas, entretanto, para todo o estado bastaram para a interdição. Bura­­cos contra o Coritiba e um areião contra o Paraná.
“Quando fiz a vistoria, a grama estava alta e com chuva. Disseram que iriam cortar, mas não cortaram para esconder os buracos. Quando cortaram, depois do jogo com o Coritiba, tiveram de encher os buracos de areia, mas botaram insumo demais”, lembra Cordeiro, sobre a partida contra o Paraná, que parecia estar sendo jogada na praia. “Desta vez, os gramados, graças a Deus, estão bem. Ponho minha mão no fogo.”
Na prática, no entanto, a história tende a ser diferente – e pior. O Cori­­tiba, considerado o segundo melhor gramado da competição, vai contra a análise da FPF e classifica o estado atual do gramado do Couto Pereira como precário. Jogos de futebol americano e as melhorias recentes seriam as causas do problema.
“Só estará bom para o Brasileiro. Precisa de tempo, sol, e água para voltar a ser o que era”, afirma Osmar Nechi, que cuida do campo do Couto há 17 anos. O Coxa, com essa alegação, não quer “emprestar” o Alto da Glória para o rival Atlético, atualmente sem casa.
Nessa situação estão os gramados de várias outras praças esportivas. O Estádio do Café, em Londrina, o Bom Jesus da Lapa, em Apucarana, e o Germano Krüger, em Ponta Grossa, são casos de campos mexidos após a vistoria.
No campo do Londrina, mesmo que os problemas de irrigação sejam visíveis, o campo passou no teste seco (sem chuva), ao abrigar dois amistosos do Flamengo. Já as casas de Operário e Roma são incógnitas. Até serem conhecidas no decorrer da competição, farão as partidas serem marcadas por uma característica intrínseca ao Paranaense: o chutão.
“Quando temos um campo ruim pela frente, não há muito o que fazer. Tem de jogar o mais simples possível. Concentrado, e sem conduzir muito a bola”, aconselha Carlos Paiva, técnico do Operário.
Paiva garante, no entanto, que só precisará lançar mão da estratégia para os jogos fora.

Fonte: Gazetadopovo.com.br
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...