A primeira turma disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) suspendeu na noite desta segunda-feira (13) o goleiro atleticano Rodolfo por dois anos com base no Código Mundial Antidopagem.
A estratégia usada pelo advogado Domingos Moro foi a de mostrar que o atleta, de 21 anos, sofre com o vício em cocaína desde os 15. Ele teria parado em alguns períodos, mas voltou a consumir a droga com maior frequência nos dois últimos anos.
Qualificando o goleiro como alguém que está doente, Moro tentou ao menos diminuir a pena. “A lei diz que tem de punir, mas diz também que pode ter redutores. É isso que venho pedir, que ele tenha redutores. Esse tempo de punição pode ser aliado com o tempo que precisa para se recuperar”, discursou o advogado.
O goleiro estava internado em uma clínica de recuperação, mas foi ao julgamento. “Atuei três anos na base do São Paulo, depois fui para o Paraná com 17 anos e treinei no profissional. Depois fui para o Internacional em 2010 no sub-23. Depois para o Atlético. Nos dois últimos anos, veio se agravando e eu não conseguia me controlar. Usava dois, três dias direto, e quando concentrava e no dia do jogo eu não usava", revelou o goleiro em seu depoimento.
Na defesa, o clube afirmou que a cocaína não funciona como anabólico, ainda mais consumida muito tempo antes da partida. O presidente da turma disciplinar, Paulo Valed, afirmou antes de proferir sua decisão que há chances de o clube reverter a punição, mas que não há como votar diferente do que a lei sugere no caso de teste positivo. Ele, porém, concorda que existe falta de atenção à recuperação do atleta nas regras da Agência Mundial Antidopagem (Wada, na sigla em inglês)
Fonte Gazetadopovo
