Em um apartamento da região central da cidade existe um acervo de dar inveja a qualquer apaixonado por futebol e principalmente ao torcedor do Londrina Esporte Clube. São, ao todo, 207 camisas de vários times, 170 só do LEC. Seu dono? Danilo Hara, um jovem de 23 anos, que há quase uma década mantém a coleção. Tudo começou depois da aquisição da primeira peça, uma camisa do tubarão de 1997.
“Fui comprando algumas só para usar e jogar bola. Você compra uma, outra e quando vê já está com uma grande quantidade”, conta Danilo.
Ele alimenta a coleção através da compra e da troca de peças. Seja através da internet, dos estádios ou até mesmo das ruas, o fato é que o acervo só cresce. Por meio de parentes e amigos ele também recebe apoio e incentivo, alguns inclusive compartilham do mesmo hobby. Já em casa, nem todos veem com bons olhos.
“Meu pai no começo não gostava de me ver gastando dinheiro com isso. Ele sempre faz a mesma pergunta: `Para que tantas camisas do Londrina?´ Até porque às vezes acontece de mudar apenas o patrocínio de um ano para o outro ou algum detalhe na manga”, revela o colecionador que usa parte do guarda-roupa do pai para armazenar a coleção.
Engana-se quem pensa que Danilo mantém o hobby sozinho. Para que tudo fique limpo e em ordem é fundamental uma mãozinha feminina. Na verdade, a guardiã disso tudo é dona Roseli, responsável por zelar tanto pela limpeza, quanto pela manutenção.
“Já aconteceu de ele parar carroceiro e até andarilho nas ruas para trocar camisas que lhe interessava. Algumas chegam num estado complicado, mas lavo e as deixo bem cheirosinhas”, relembra a mãe carinhosa e cuidadosa.
À medida que o número vai aumentando, aumenta também a capacidade de improviso e a organização de dona Roseli, pois os espaços ficam cada vez mais difíceis e disputados. “Nós deixamos mais espaços para ele. Eu aperto nossas coisas para permitir que caiba tudo. É um pouquinho difícil, mas para ele a gente dá um jeitinho”, destaca a mãe que nessa situação precisa dar uma de malabarista.
Moeda de troca
Apaixonado pelo LEC, Danilo é um frequentador assíduo do Estádio do Café (ou do VGD), e revela que as prioridades na coleção são as peças do Londrina, as de outros times funcionam como moeda de troca. Ao sair de casa ele costuma levar junto um dinheiro extra e algumas camisas, muitas vezes comuns, para poder negociar. A quantidade e os desafios não parecem ser problemas para Danilo que já revela seu próximo passo. “Meu grande sonho como colecionador é conseguir uma camisa da década de 50 ou 60. Vai ser muito difícil, mas acredito”, confidencia.
Fonte Eduardo Beluco - Londrix Comunicação
