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Ricardinho pede demissão após mais um tropeço do Paraná


O empate contra o Barueri por 1 a 1 na noite desta sexta-feira (14), na Vila Capanema, resultou no pedido de demissão do técnico Ricardinho. Logo após a partida, o treinador se negou a responder as perguntas dos repórteres na entrevista coletiva e anunciou seu desligamento do clube.
O mau resultado também gerou confusão. Logo após o pronunciamento de Ricardinho, membros da torcida organizada Fúria Independente invadiram a sala de imprensa e bateram boca com o gerente de futebol Alex Brasil.Na despedida conturbada, Ricardinho alegou falta de respaldo da diretoria para continuar no comando do time. “Quando cheguei, saberia que iria ser um ano difícil, como está sendo. Tínhamos algumas prioridades, como claras necessidades da equipe e não fomos atendidos. Pelo bem do Paraná, eu saio para que outra pessoa assuma”, afirmou o treinador, referindo-se à ausência de um atacante.
Em quase oito meses de trabalho, Ricardinho levou o Paraná até as oitavas de final da Copa do Brasil, perdendo para o campeão Palmeiras, além do título da Série Prata do Paranaense. Na Série B do Brasileirão, o Tricolor fez 32 pontos em 25 jogos, com oito vitórias, oito empates e nove derrotas. O retrospecto geral do técnico foi de 24 vitórias, 12 empates de 14 derrotas em 49 partidas, aproveitamento de 57%.
Na saída, Ricardinho não conseguiu comunicar a demissão ao presidente Rubens Bohlen, que já havia deixado a Vila durante o anúncio. “Eu queria dar pessoalmente a minha decisão para o presidente, mas eles [diretoria] não me atenderam e não foram ao vestiário. Já tinham ido embora. Tive a sensatez de ligar e [o presidente] não me atendeu”, revelou o demissionário.
O pedido de demissão pegou de surpresa a diretoria tricolor. “Estou no meio do sanduíche entre torcida, comissão técnica e diretoria. Também estou chateado. Todos fomos pegos de surpresa com isso”, disse Alex Brasil.
Com a saída de Ricardinho, a paciência da torcida com o time e a diretoria acabou de vez. Além da invasão dos membros da Fúria Independente à sala de imprensa, a torcida também expressou seu descontentamento durante a partida, com gritos de “vergonha, vergonha, vergonha”.
Depois do incidente, Brasil, dois membros da Fúria e o supervisor de futebol do Paraná, Fernando Leite, começaram uma reunião para tentar apaziguar os ânimos. “Quem trabalha no dia-a-dia percebia que algo não estava legal”, contou Leite.
A celeuma coloca em dúvida o futuro do Paraná na Série B, já que o elenco foi moldado por Ricardinho . A curto prazo, a preocupação é tentar ajustar a equipe para mais um compromisso difícil, na sexta-feira (21), contra o Joinville, em Santa Catarina que briga pelo acesso, o que os tropeço. O Paraná está na 12ª colocação, com 32 pontos, a sete da zona de rebaixamento e a 14 do G4.
O jogo
Saindo atrás do placar, o Tricolor não conseguiu virar a partida em plena Vila Capanema. Alex Lima abriu o placar para os paulistas, enquanto que Fernandinho fez o gol paranista.
A equipe do técnico Ricardinho saiu de campo sob gritos de “vergonha”. Agora o Paraná tem 32 pontos. O próximo jogo do Tricolor é na próxima sexta-feira (21), em Joinville, contra o Joinville.
A exemplo do jogo contra o Guaratinguetá, mais um gol de bola parada foi sofrido pelo Tricolor, quando Alex Lima aproveitou o cruzamento de Marcelinho Paraíba em uma cobrança de escanteio aos 27 minutos do primeiro tempo.
Após alguns minutos sentindo o baque, a reação veio em forma de boas jogadas pelos lados, especialmente com a dupla formada por Luisinho e Fernandinho. E foi desta parceria afinada que nasceu o empate aos 41 minutos numa triangulação finalizada pelo lateral-esquerdo após passe do atacante.
Na segunda etapa, a decisão de Roberto Cavalo fortalecer a marcação ao ter um jogador cuidando exclusivamente de Luisinho, a boa atuação do goleiro Fernando Leal e o nervosismo paranista a cada chance perdida colaboraram para que o empate se consolidasse.
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