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Mazzin diz aguentar “pancadas” por conta da crise no Vermelhinho


“No tempo de glória recebemos muitos elogios, agora estamos aguentando pancadas”. Foi o que disse ontem o presidente do Atlético Paranavaí sobre a crise que se instalou no clube. O Vermelhinho está às portas do rebaixamento e por conta do atraso no pagamento, os jogadores se recusavam a treinar. Mazzin fez a afirmação numa referência ao título estadual conquistado em 2007. Foi um ano de glórias, e de elogios para a diretoria campeã. Agora, a diretoria é alvo de críticas, algumas contundentes. “É hora de pensar, quem quer tocar o ACP?. Eu toco mais 20 anos, se quiserem, não tem problema, mas a cidade como um todo precisa ajudar. Aquele que está me xingando é o primeiro a entrar sem pagar”.

O dirigente diz que errou ao não revelar o montante das dívidas acumuladas ano a ano e a situação do clube, segundo ele, está ficando cada vez pior. “Quem sabe não é hora de passar (o clube) para um empresário, sou favorável a esta mudança”. Nivaldo Mazzin informou que o clube deve aos atletas o salário de março (de cerca de R$ 80 mil) e algo em torno de R$ 10 mil referentes ao mês de fevereiro.

Mas as dívidas são maiores por envolver outros aspectos da administração. As dívidas vêm desde 1966, segundo Mazzin, e são referentes à contribuição com o INSS e FGTS não realizadas pelas diretorias da época. E a cada ano surgem novas dívidas. Disse que herdou dívidas e vai deixar dívidas. Mazzin acrescentou ainda que não está fugindo de suas responsabilidades, embora frise não haver previsão para pagar o salário dos atletas.

Nivaldo Mazzin garante que ainda assim o Atlético Paranavaí é viável. “É um produto muito bom, digo o clube. Ele não está falido, é só saber vender este produto”. 

O presidente, que também é secretário de Governo na administração do prefeito Rogério Lorenzetti, se diz a favor de mudanças na administração do clube. “Mas tem que ser uma mudança para todos, diretoria, imprensa, empresários, políticos, e até do torcedor que não vai mais ao estádio. A imprensa mascara algumas coisas, não por maldade; e nós mascaramos as dívidas que vêm desde 1966. Eu aceito as críticas, fazem parte do contexto, só não aceito dizer que estou fugindo do problema, isso eu não estou fazendo. Eu estou é muito chateado com a situação que não foi criada apenas por mim, mas ao longo desses anos todos”.

Nivaldo Mazzin afirmou que as dívidas devem ficar abaixo dos R$ 350 mil citados na coluna “Notas Breves”, edição de ontem. Acrescentou que para solucionar todos os problemas atuais, hoje seriam necessários cerca de R$ 200 mil. 

Fonte Diario do Noroeste - Valdinei Feitosa

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