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PARANAENSE 2014: Prudentópolis aposta em comando duplicado

 Josué Teixeira/ Gazeta do Povo / Cenci (de óculos) e Preisner no Prude: relação harmoniosaO Prudentópolis, adversário do Atlético na abertura do Paranaense, sábado, às 17 horas, tem dois treinadores. No comando da inusitada comissão técnica do time do interior estão os experientes Ivair Cenci e Joel Preisner. Uma parceria que começou no Francisco Beltrão, em 2012, na Terceira Divisão do Estadual.“Contando o tempo em que fui jogador e ele o treinador, já são 12 anos trabalhando juntos. Nos conhecemos bastante e nos entendemos bem”, afirma Preisner, 41 anos. “Duas cabeças pensam melhor que uma. Não há nenhum problema tático entre a gente”, acrescenta Cenci, 47.

Em casos como esse de “dupla identidade”, a dúvida é sempre sobre quem dá a última palavra. No caso do Prudentópolis, o líder é Cenci. “Por ser mais experiente, é ele. Mas trocamos muitas ideias”, admite Preisner. “Eu tenho uns 200 campeonatos nas costas. Ele entende que a última palavra é minha”, emenda o treinador número 1.
Nos treinamentos, os dois dividem o trabalho para ter um melhor aproveitamento. Enquanto Cenci dá ênfase ao sistema tático, Preisner foca as jogadas ensaiadas e as finalizações, por exemplo. “Mas o pós-jogo é o que mata o trabalho do treinador e ter dois neste momento ajuda muito”, garante Cenci.
Esse método tem agradado os jogadores. Pelo menos é o que garante o zagueiro Mario, que no ano passado se revezou como um dos capitães da equipe. “Eles têm o mesmo método de trabalho, mesmo esquema tático. Isso ajuda”, diz o jogador. “Quando um corrige um erro do sistema defensivo, o outro auxilia o sistema ofensivo. Para a gente facilita muito e só quem tem a ganhar é o Prudentópolis”, acrescenta.
Já na hora de comandar o time do banco de reservas, há um revezamento, já que apenas um pode ficar à beira do campo. A exceção ocorrerá apenas nos dois primeiros jogos do Paranaense, contra Atlético e Londrina, porque Cenci está suspenso por ter sido expulso na Série Prata do ano passado, quando era auxiliar. “Na hora do jogo o sangue ferve, mas dá certo [esse revezamento]”, conta Cenci.
O discurso afinado dos comandantes também ocorre no objetivo do Prudentópolis na competição. “Nós subimos no ano passado, o primeiro ano na elite é difícil. Nosso primeiro objetivo é permanecer na Primeira Divisão. Se de repente conseguir ficar entre os oito melhores, ótimo”, resume Preisner. “O nosso time é o que menos investiu, o de menor estrutura. O primeiro objetivo é não cair”, explica Cenci.
O comando duplo não chega a ser uma novidade. Na Copa do Mundo de 2002, a seleção sueca era treinada por Lars Lagerback e Tommy Soderberg e chegou as oitavas de final, depois de passar por uma chave que tinha Argentina, Inglaterra e Nigéria, considerado o grupo da morte. No Brasil, o Grêmio Barueri, em 2009, chegou a ter três técnicos ao mesmo tempo: Toninho Moura, Luiz Carlos Goiano e Diego Cerri. Após cinco jogos sem vencer, o primeiro foi demitido, com os outros dois levando o time ao vice-campeonato do interior. Posição que agradaria em cheio o Prudentópolis
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