A derrota por 3 a 0 para o Arapongas, fora de casa, sábado, e a consequente não classificação para o hexagonal decisivo do Campeonato Paranaense da Segunda Divisão podem ter comprometido o planejamento do time profissional do FCC (Futebol Clube Cascavel) para o segundo semestre de 2010, mas Patrick Belletti, que comandou a equipe desde a quarta rodada da competição, já sabe qual será seu projeto para o futuro: abandonar o futebol e se dedicar à rede de postos de combustível pertencente à família de sua esposa.
“É difícil se trabalhar com futebol em Cascavel. É claro que, se ganhamos, fica mais fácil, mas esses quatro anos de dedicação não me foram vantajosos, economicamente falando. Agora vou me dedicar à minha vida particular”, revelou o ex-auxiliar técnico, que assumiu como treinador após a saída de Fábio Giuntini e acumulou quatro derrotas e duas vitórias à frente da equipe.
Quanto ao trabalho, Patrick não vê motivos de lamentações. “É claro que queríamos a classificação, mas conseguimos nos manter na Segunda Divisão, à frente do Londrina, que tem enorme tradição no Estado, e do Pato Branco, por exemplo, que subiu ao Acesso como campeão da Terceirona e foi rebaixado. E isso trabalhando com uma folha salarial muito abaixo da deles”, avaliou.
O mesmo pensamento tem o gerente de Futebol do FCC, Marcus Vinicius Beck Lima, que revelou que a partir de agora o time fica na dependência da FPF (Federação Paranaense de Futebol) divulgar a tabela do Campeonato Paranaense de Futebol Juvenil, no qual o FCC concentrará suas atividades até outubro ou novembro, quando dará início ao planejamento para a temporada 2011 do profissional.
“A parceria com o Grêmio Prudente acabou no instante em que terminou a partida de sábado, em Arapongas. Os jogadores já viajaram para se reapresentar ao time de São Paulo. Quanto aos jogadores [do FCC], estamos tratando até quarta-feira quais serão emprestados, pois temos propostas de times que disputarão a Terceirona do Paranaense e o Brasileiro da Série D”, disse o dirigente, que não vê motivos para a não classificação ser decepcionante: “Se analisarmos friamente, não foi uma campanha ruim, pois em dois anos de atividades subimos de divisão e nos mantivemos nela, além de termos ficado à frente de equipes tradicionais na classificação, com uma folha salarial menor que a do ano passado [na Terceirona] e a mais baixa do atual campeonato”.
O FCC terminou a Segundona na sétima posição, com dez pontos, um a menos que a Portuguesa Londrinense, última que se classificou ao hexagonal final. Também seguem disputa por uma vaga na Elite Roma de Apucarana, Foz do Iguaçu, Arapongas, Campo Mourão e São José.
