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Paranaense 2011 Apesar do temporal Federação faz avaliação positiva dos estádios de Curitiba, mas chuva escancarou problemas estruturais no Couto e na Vila

Marcelo Elias/ Gazeta do Povo / Depois do giro pelo interior, a Co­­missão de Vistorias da Fede­­ra­­ção Paranaense de Futebol (FPF) encerrou ontem em Curitiba a ins­­peção dos estádios para a disputa do Estadual 2011, marcado para iniciar no dia 16 de janeiro. Na capital, os problemas são pou­­cos. Desde que não chova forte.
Vila Capanema, Couto Pe­­rei­­ra, Arena e Janguito Malucelli estão praticamente liberados para serem utilizados, respectivamente, por Paraná, Coritiba, Atlé­­tico e Corinthians Para­­na­­en­­se. Dependem somente do envio dos laudos até o próximo dia 16 e de correções simples – basicamente, completar os acessórios de sanitários – que devem ser promovidas antes de 6 de janeiro.

 
Confira o que a vistoria da Federação Paranaense de Futebol detectou nos principais estádios do estado.
Paranaguá: O Estádio Caranguejão apresentou como principal problema a falta de hidrantes para mangueiras de incêndio, o que causou a reprovação por parte do Corpo de Bombeiros
Apucarana: O maior problema do Bom Jesus da Lapa é o acesso da torcida visitante, que atualmente é feito por uma entrada nos fundos. Agora a FPF pediu uma passagem separada. Também solicitou melhorias nos sanitários.
Arapongas: O José Chiapin é o que apresenta maiores problemas. Foram feitas várias exigências, incluindo a cobertura da arquibancada próxima das cabines de imprensa, a construção de um sanitário para deficientes físicos, de uma bilheteria permanente para a torcida visitante e a instalação de corrimãos na geral.
Paranavaí: Existem problemas crônicos no Waldemiro Wagner, especialmente quando chove, pois a água passa pelas juntas das arquibancadas e goteja nos vestiários, provocando o risco de queda de algum atleta. Também há banheiros interditados há anos porque as obras não foram terminadas. É preciso aumentar o muro para evitar invasões.
Cianorte: O acanhado Albino Turbay surpreendeu a Comissão de Vistoria. Foi pedido apenas um reforço no alambrado que divide as torcidas, pois é baixo demais.
Cascavel: A manutenção e limpeza foram motivos de elogio no Olímpico Regional. Exigiu-se, no entanto, que pequenos reparos sejam feitos, como a melhoria do piso dos vestiários e a recarga dos extintores vencidos.
Ponta Grossa: O Germano Krüger passou no teste. Cobrou-se apenas a construção de novas escadas em três pontos de acesso às arquibancadas.
Irati: No Coronel Emílio Gomes pediu-se uma placa de proteção no banco de reservas, sinalizadores de segurança e a troca de extintores.
Curitiba: Couto Pereira e Vila Capanema receberam a comissão de vistoria da Federação Paranaense de Futebol exatamente no horário de pico do temporal que assolou Curitiba ontem. Se deram mal. Ambos os estádios apresentaram problemas de infiltrações e alagamento nos túneis de acesso ao gramado. O Coritiba diz que o problema está sendo resolvido. O fato de a chuva ter sido desproporcional serviu como atenuante. No caso da Arena, solicitou-se o aprimoramento no sistema de escoamento da torcida no acesso à Rua Getulio Vargas. Já o Janguito Malucelli, do Corinthians-PR, não apresentou falhas, mas a comissão precisa avaliar os laudos técnicos.

“São coisas pontuais. Acre­­di­­to que os clubes não terão maiores dificuldades para resolver e os quatro estarão aptos para o Pa­­ra­­naense”, declara Reginaldo Cor­­deiro, presidente da comissão da FPF, responsável por liderar as análises, que contaram também com representantes da Polícia Militar, Corpo de Bom­­bei­­ros, Vigilância Sanitária e do Crea-PR.

Apesar disso, o aguaceiro que castigou Curitiba – ontem choveu 55% do volume previsto para todo o mês de dezembro – revelou a necessidade de cuidados importantes no Couto Pe­­rei­­ra e na Vila Capanema. Nos dois foram verificadas infiltrações, além de túneis de acesso ao gramado inundados.

No Alto da Glória, em um se­­tor de arquibancada, por exemplo, a água vertia do concreto, entre as ferragens. Pro­­blema que não é recente, mas que, segundo o Coxa, está em vias de ser solucionado. “Em al­­guns pontos, havia um cano de PVC fazendo o escoamento. Isso será feito nos demais também”, diz Cordeiro.

Na Vila Capanema, os túneis que levam as equipes ao campo de jogo estavam repletos de água em virtude da cheia do Rio Be­­lém, que criou um refluxo, im­­pe­­­­dindo o funcionamento da bom­­ba responsável pelo escoamento. “Tivemos uma chuva ra­­ra, então é compreensível o aparecimento de problemas. Mas foi bom para termos essa noção”, analisa o inspetor.

Arena e Janguito Malucelli pas­­saram pela inspeção com pequenas ressalvas. Na casa atleticana, foi solicitado apenas um sistema melhor para o escoamento da torcida para a entrada da Getúlio Vargas (colocação de mais seguranças para a revista).

Por sua vez, o estádio do Ti­­mão­­zinho só não foi o único com­­pletamente liberado até agora em função da falta de tempo para a análise dos laudos, to­­dos entregues. “Já recebi todos os documentos, mas ainda não pu­­de fazer a verificação. Esse é o único empecilho”, revela Cor­­deiro.

Realizadas as vistorias, o próximo passo agora é aguardar pe­­los laudos – que serão emitidos pelos quatro órgãos que acompanharam as visitas. “Te­­nho preocupação com os laudos sanitários e serei rígido com as análises de engenharia”.

E mesmo sem nenhum estádio já liberado para a disputa do Estadual, Cordeiro considera o saldo positivo. “Foi uma boa surpresa. Vi alguns estádios em boas condições que antes não tinham qualquer manutenção. Sinto que os dirigentes estão mais conscientes sobre a importância da segurança e do bem-estar do torcedor. Mas é um processo que está apenas começando.”

Fonte.Marcelo Elias/ Gazeta do Povo
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