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Rio Branco se prepara para batalha jurídica contra o rebaixamento

Os próximos dias prometem ser decisivos no TJD/PR. O Paraná Clube, matematicamente rebaixado a para a segundona estadual no último sábado, dia 23 de abril, protocolará pedido para ser o terceiro interessado no processo que julga o Rio Branco, clube que pode perder até 22 pontos no Campeonato Paranaense e ser rebaixado no lugar do Tricolor. O Rio Branco foi denunciado por escalar de forma irregular um atleta em seis partidas da competição. O clube de Paranaguá já se mexe para evitar a queda no tapetão.

O advogado do clube do litoral paranaense, Domingos Moro, criticou de maneira veemente a postura do Paraná Clube: "Tudo isso provém da incapacidade própria do Paraná. Acho muito engraçado essa história de legitimo interesse. Antes do rebaixamento o Paraná não se pronunciou. Depois que o leite derramou ele vem chorar. O futebol brasileiro tem que ter moral. Quer dizer então que quando as coisas não dão certo você se ampara numa brecha da lei. Tudo isso nós vamos discutir".

Perguntado se o fato de o Paraná Clube ser um clube de maior fama nacional que o Rio Branco pode influenciar na decisão do TJD/PR, Domingo Moro respondeu de duas maneiras: "Como ex-dirigente e homem que milita no futebol acredito que sim. Mas, o Rio Branco, é um clube que vai completar 98 anos e que tem muita tradição no Paraná. Representa uma parte muito importante do estado e leva públicos maiores ao seu estádio que o próprio Paraná Clube. Juridicamente não vejo complicador. A intenção do Paraná é criar condições para recorrer ao Pleno do STJD, caso a decisão não seja favorável ao que ele quer".

Caso o TJD/PR acate o pedido do Paraná Clube de entrar como terceiro interessado no processo, o clube terá chances de conseguir que o caso seja julgado no Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, no Rio de Janeiro. Domingos Moro garantiu que, após analisar o pedido paranista, vai tentar impugná-lo: "Oficialmente o Paraná Clube não fez nada. Vou analisar esse documento e preparar uma impugnação. Entendo que não é o caso de admissão de terceiro interessado".

O documento que será analisado por Domingos Moro, advogado do Rio Branco, foi protocolado pelo advogado Alessandro Kishino, responsável por defender os interesses do clube da capital. Kishino explica como fundamentará sua tese: "A nossa tese é baseada em cima do que a própria Procuradoria colocou. Em nenhum momento o Código Brasileiro de Justiça Desportiva fala de prazo para participar do processo em casos com este. O nosso interesse surgiu no sábado, depois do rebaixamento do Paraná Clube".

Fonte: Justica Desportiva - Rodrigo Coutinho
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