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Tribunal pode mudar história do Campeonato Paranaense Julgamento, em segunda instância, do "caso Adriano' pode rebaixar Rio Branco e salvar Paraná Clube da queda


O Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) pode mudar os rumos do Campeonato Paranaense na sessão desta terça-feira, às 19h. Os auditores do tribunal julgam, em segunda instância, o caso da suposta escalação irregular do meia Adriano pelo Rio Branco. Inscrito com a identidade de outro atleta, quase homônimo, o jogador foi relacionado em seis partidas da equipe parnanguara, que pode perder até 22 pontos (três por partida mais os pontos conquistados nestes seis jogos) no julgamento. Se perder estes pontos, o Rio Branco será rebaixado no estadual, salvando o Paraná Clube, que caiu após terminar na penúltima posição da competição.

Registrado na Federação Paranaense de Futebol e na CBF como se fosse Adriano Oliveira dos Santos, o volante do Leão de Estradinha é na verdade Adriano de Oliveira Santos. Mas foi com o nome errado que o atleta disputou dois jogos e ficou no banco em outras quatro partidas. O caso foi inicialmente julgado pela Segunda Comissão Disciplinar do tribunal, que considerou que o clube não deveria perder pontos por não ter feito o registro errado de forma premeditada, aplicando apenas uma multa pela irregularidade da inscrição, no valor de R$ 27,5 mil.
Como a procuradoria do tribunal e o próprio clube, que tenta se livrar da multa, recorreram, o caso será novamente julgado, desta vez tendo o Paraná como participante indireto. O Tricolor foi aceito pelo tribunal como terceiro interessado no processo, gerando mais uma discussão processual que pode afetar o próprio julgamento.
O advogado do Rio Branco, Domingos Moro, entrará ainda nesta segunda-feira, com um recurso contra a participação do Paraná no processo, alegando que o clube não se manifestou a respeito antes do julgamento em primeira instância. O que pode levar o Pleno do TJD a julgar na terça-feira apenas esta questão, deixando o julgamento do ‘caso Adriano’ para a sessão seguinte.
- O tribunal é que definirá a forma de julgar este recurso. O meu objetivo não é adiar o julgamento e sim discutir melhor esta questão de terceiro interessado de uma forma ainda inédita nos tribunais esportivos brasileiros. O terceiro interessado tem que ter legítimo interesse e ligação direta com a causa do julgamento e considero que o Paraná Clube tem interesse nas possíveis consequências do julgamento – conta Moro.
Já o advogado do Paraná, Alessandro Kishino, destaca que o clube solicitou a sua participação no processo para ter a chance de recorrer posteriormente à última instância, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
- Não fizemos isto no julgamento em primeira instância porque na época não havia interesse concreto do Paraná no caso, já que o clube tinha chance de conquistar o segundo turno do Campeonato Paranaense, que daria uma vaga na final. Agora, com o rebaixamento consumado, o clube passou a ter interesse direto e concreto no caso. Nossa briga não é contra o Rio Branco e sim pela permanência do Paraná na Primeira Divisão. Nossa linha é a de aguardar a decisão do Pleno para saber se recorreremos ou não ao STJD.
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