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“Queremos a CBF mais democrática”, diz Cury Para presidente da Federação Paranaense, saída de Ricardo Teixeira era esperada pela falta de credibilidade do dirigente diante do governo e da Fifa

O presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Hélio Cury, participou ontem da posse de José Maria Marín como novo mandatário da CBF, na sede da entidade no Rio de Janeiro. O dirigente, que usou a aproximação com Ricardo Teixeira e o “projeto Copa” para prorrogar o seu mandato até 2015, agora entende que a mudança será saudável. Ele conversou ontem à noite com a reportagem da Gazeta do Povo sobre o processo de sucessão que foi aberto no comando do esporte.
De que forma o senhor avalia a renúncia do Ricardo Teixeira?

Foi positiva. Não havia mais sustentação. Quando perde a credibilidade com o órgão maior que é a Fifa e também com o governo federal, não há mais controle. Com as denúncias diárias perde toda a situação de comando. Ele não teria condições de continuar e não tenho a menor dúvida de que foi salutar e aconteceu no momento oportuno.
Isso já era esperado?
No final de semana já estávamos esperando por isso. Mas se fosse eu, [ele] tinha de estar presente na renúncia porque foram as federações que o elegeram. Esse pessoal merecia o mínimo de respeito e não fomos comunicados de nada com antecedência.
E como fica a posição das federações, inclusive da paranaense, que pediam a saída dele? Muda alguma coisa?
A revolta geral, ou melhor, a insatisfação nossa é de que desde outubro [de 2011] o Ricardo Teixeira não atendia mais ninguém. E isso foi com todo mundo. Só que as federações têm coisas para resolver. E tivemos uma restrição em relação à forma com que isso estava caminhando. Ele só tratava com a Federação Paulista. Agora temos que analisar bem e respeitar o estatuto [da CBF].
Uma nova eleição ainda está na pauta?
Por enquanto temos de aguardar. Na minha primeira impressão o [José Maria] Marín está disposto a fazer diferente.
O nome de José Maria Marín agradou?
Está no estatuto da CBF que na ausência do presidente, assume o vice mais idoso. Pela forma como ele explicou para nós na reunião com 20 presidentes de federações, ele disse que quer uma CBF democrática, mais aberta e de acordo com os interesses das federações. Ele repetiu isso várias vezes.
E o senhor acredita nisso?
Acredito sim. Ele até já marcou uma reunião para a semana que vem com a Federação [Paranaense]. Coloquei alguns assuntos para tratar com ele e pelo o que senti, ele é aberto para conversar. Queremos que o que foi dito hoje realmente aconteça.
Há um prazo para que ele comece a cumprir o que prometeu?
Não dá para ser hoje. No meu entendimento é preciso ter bom senso e não podemos analisar nada ainda. É hora de esperar.
Fonte: Gazetadopovo
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