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Clima tenso entre facções aumenta nível de risco do clássico

Daniel Castellano/ Gazeta do Povo / Bandeira lembra o torcedor Diego, membro da Fúria. Assassinato expôs covardia das organizadasO clássico entre Atlético e Paraná do próximo sábado, às 16 horas, na Vila Capanema, foi classificado ontem pela Polícia Militar como um evento de “risco”.O assassinato do torcedor paranista Diego Henrique Raab Goncieiro, de 16 anos, no início de julho, supostamente cometido por um integrante da facção atleticana Os Fanáticos, fez a PM redesenhar o esquema de segurança para o jogo. Há preocupação por novos conflitos entre as facções como desdobramento do trágico incidente.
Uma reunião entre as polícias (além da militar, com a guarda municipal), Ministério Público e as torcidas organizadas será realizada na manhã de hoje, às 10 horas, no Quartel Geral da PM, para acertar os detalhes da operação.

“Olharemos esse jogo com bastante atenção. A morte do rapaz vai alterar nas decisões. Vamos fazer a reunião e deliberar o máximo possível sobre o esquema para o jogo que, com certeza, terá mais policiamento”, reconhece o comandante do 1.º Comando Regional da PM, coronel Ademar Cunha Sobrinho.
Os envolvidos na operação deixaram para hoje a divulgação do contingente que será deslocado para a segurança dos torcedores no dia do jogo – normalmente são 500 policiais envolvidos diretamente no entorno e dentro do estádio.
O receio está em uma possível vingança da torcida tricolor Fúria Independente – o torcedor era sócio da uniformizada. De acordo com as investigações da Delegacia de Homicídios, a organizada rubro-negra está envolvida no crime (leia mais nesta página).
“A Delegacia de Homicídios acredita que o principal caminho leva à Fanáticos. Alguém lá sabe quem foi que matou e está se omitindo”, garante o delegado responsável pelo caso, Rubens Recalcatti, admitindo que a investigação não evoluiu.
O delegado, porém, não aposta na possibilidade de revanchismo por parte da torcida paranista. “Eu acredito que não vai se repetir, até porque quem fez sabe que, quando for descoberto, vai direto para a cadeia”.
Para Juliano Rodrigues, vice-presidente da Os Fanáticos, a tensão é inapropriada. “De forma nenhuma existe medo [do revanchismo]. Ficou na mão da Justiça para resolver quem fez isso. A gente não tem nada a ver com essa história. Vamos para a Vila para ajudar o Atlético. Temos uma reunião amanhã [hoje] e iremos colaborar com o que for preciso. Queremos só torcedores de verdade no clássico”.
A reportagem não conseguiu contanto com os integrantes da Fúria.
Colaboraram Gustavo Ribeiro e Helen Anacleto.
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