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Direção do Inter nega clássico fora de Caxias e desafia FGF: "Gre-Nal não será em Cascavel"

E o Gre-Nal válido pela 30ª rodada do Brasileirão é motivo de polêmica entre Inter e Federação Gaúcha de Futebol (FGF). Enquanto o presidente da entidade, Francisco Novelletto, afirma categoricamente que o clássico 398 será realizado no Estádio Olímpico Regional de Cascavel, no Paraná, a direção do Inter nega qualquer possibilidade de o maior confronto do Estado ocorrer fora de Caxias do Sul, no Centenário.


— É impressionante isso. Já notaram que quando o Inter tem jogo decisivo pela frente sempre surge um boato, uma fofoca para tirar o foco do jogo? Temos quatro jogos importantíssimos no Campeonato Brasileiro antes do Gre-Nal e aparece essa onda de levar o jogo para Cascavel. Não tem ninguém para ajudar — escreveu Souto de Moura no Twitter.
O imbróglio ocorreu porque Novelletto afirmou, no meio da tarde desta quinta-feira, que "tudo estava certo para a partida no Paraná". Com o aval de Giovanni Luigi, realmente houve a negociação para promover o jogo além dos limites do Estado. Uma entrevista coletiva foi organizada na prefeitura de Cascavel, com a presença de torcedores e de consulados de Inter e Grêmio na cidade. Entretanto, o departamento de futebol do Inter dissuadiu Luigi da ideia, alegando que o foco do Inter está na recuperação do time de Dunga no Campeonato Brasileiro e na vaga às semifinais da Copa do Brasil.
— Gre-Nal não será em Cascavel — resumiu Marcelo Medeiros, vice de futebol do Inter, do Rio de Janeiro, onde está concentrado com o Inter que enfrenta o Vasco pela 25ª rodada do Brasileirão.
Francisco Novelletto esteve reunido com o prefeito de Cascavel, Edgar Bueno, ao longo de toda a quinta-feira. Segundo o dirigente da FGF, os consulados de Inter e de Grêmio estavam eufóricos com a escolha de Cascavel para ser a sede daquele que pode ser o último Gre-Nal do ano — uma vez que Cuiabá, Campo Grande, Erechim e Brasília também estavam na disputa por receber o clássico. Para o Inter, seria benéfico, uma vez que três dias depois, os colorados enfrentam o Atlético-PR pela segunda partida das quartas de final da Copa do Brasil. No caso do Grêmio, que encara o Corinthians no mesmo dia 23, a questão seria mais complicada.
Se a partida for realizada em Cascavel, o Inter passará uma semana fora de casa em meio a viagens, aeroportos e hotéis de São Paulo e Paraná. Para deixar o Centenário e atuar no Olímpico de Cascavel, o Inter receberá uma cota de R$ 1,5 milhão. Os ingressos custarão R$ 120 (arquibancadas) e R$ 200 (cadeiras) e este dinheiro não será do Inter. Por questões de segurança, o Olímpico deve receber apenas 30 mil pessoas e não 45 mil como prevê a capacidade oficial do estádio. Não haverá cota de torcidas — ainda que o Inter seja o mandante.
Em meio aos desencontros, chama a atenção na história o fato de a logística do Inter não estar organizada para o jogo fora do Estado, mas os paranaenses terem todo o plano de traslado pré-definido. Como o Inter atua no dia 16 contra o Santos, na Vila Belmiro, voltaria para Porto Alegre e, em voo fretado, seria levado da Capital diretamente para Cascavel no sábado, dia 19. Logo após o confronto no Estádio Olímpico, também em voo fretado, jogadores e comissão técnica embarcariam rumo ao Salgado Filho.
— Já está acertado até um troféu para o ganhador. Os consulados já estão se mobilizando. Será ótimo para a cidade, uma vez que estamos pleiteando que Cascavel seja uma cidade de treino para as seleções na Copa do Mundo. Vamos movimentar o Oeste do Paraná, até o governador Beto Richa já confirmou presença — disse Wanderley Faust, secretário de Esportes de Cascavel.
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