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BNDES sela destino da Arena


Considerado papel volátil, que oscila muito ao sabor do mercado imobiliário, o potencial construtivo não foi aceito pelo BNDES como garantia para liberar R$ 90 milhões para as reformas que adequariam a Arena da Baixada ao caderno de encargos da Fifa para a Copa 2014.

A negativa praticamente sela o destino do estádio atleticano. Desde que o próprio Atlético busque recursos para bancar as obras – o que a diretoria já disse que não fará -, não haverá solução financeira para adaptar a Arena ao mundial. Pelo simples motivo de que não há como injetar diretamente dinheiro público em patrimônio privado.

Desde que governo e prefeitura ainda queiram bancar a subsede Curitiba, só há uma solução: partir para o chamado plano B, que seria construir um estádio com recursos públicos. Essa hipótese já foi considerada pelos comitês gestores municipal e estadual. O problema é que uma obra desta envergadura não sai por menos de R$ 300 milhões.

São recursos que dariam para construir, e pôr em funcionamento, pelo menos 20 hospitais e 40 escolas no Paraná, já incluídas as contratações de médicos e professores. Será que o governo precisa mesmo dispor de uma soma desta envergadura apenas para satisfazer o ego de políticos e atender lobistas que desde 2007 gravitam em torno da Copa do Mundo 2014?

O Atlético, seguramente, não precisa da Copa para finalizar seu estádio. Com R$ 30 milhões, que o clube diz ter condições de captar, a Arena da Baixada será concluída dentro dos padrões originais, para 40 mil pessoas. E se o Atlético não precisa da Copa, Curitiba também não precisa do mundial para continuar sendo uma das melhores cidades do país.
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