O Santos venceu o Coritiba por 1 a 0, na noite desta quarta-feira dia 05 de agosto de 2009, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. Mas, o que marcou a partida não foi o gol de Paulo Henrique Lima: foi, sim, a decisão da prefeitura de Cascavel, que obrigou todos os torcedores que compareceram ao estádio Olímpico Regional a usar máscaras de proteção contra vírus H1N1 (Influenza A). A polêmica e inédita decisão foi aprovada pela galera.
"É uma forma de prevenção. A gente não sabe a gravidade da doença", disse o torcedor Cláudio Mello, que viajou da cidade de Francisco Beltrão (PR) para assistir ao jogo.
Teve gente que não se contentou com as máscaras distribuídas gratuitamente. Jones Robson Sosciarrelli, por exemplo, assistiu ao jogo acompanhado da mulher. O casal levou ao estádio uma caixa com 50 máscaras e justificou que a cada duas horas a proteção precisa ser trocada para surtir efeito.
"Vou ficar o tempo todo de máscara. Estou cuidando da minha saúde. A epidemia está grande e não dá para descuidar", afirmou o torcedor.
A decisão pelo uso das máscaras, uma das medidas tomadas para evitar o avanço da nova gripe, foi marcada por uma batalha judicial. O MP (Ministério Público) pretendia cancelar o jogo ou obrigar os organizadores a realizar a partida com os portões fechados.
No entanto, a juíza substituta Giani Maria Moreschi, da 1ª Vara Civil, indeferiu a ação impetrada pelo promotor Ângelo Mazzuchi Ferreira, mas determinou a distribuição de máscaras a todos os torcedores presentes.
Ela fixou multa de R$ 300 mil caso a prefeitura não cumprisse a determinação. Assim, a Secretaria Municipal de Saúde precisou comprar às pressas 20,5 mil máscaras em distribuidoras e farmácias da cidade para dar aos torcedores.
Cascavel neste dia 05 de agosto de 2009 tinha oito casos confirmados da nova gripe e outros 365 são investigados. Entre os casos suspeitos, cinco são óbitos. Na terça-feira, a Secretaria de Saúde, com apoio do Exército, montou um ambulatório no Centro de Convenções e Eventos da cidade.
