
O estilo do arremate, costumeiramente diminuído entre os boleiros, fez com que a bola atingisse o ângulo de Adílson. “Foi um bico diferenciado”, brinca o jogador. “O gol veio no momento em que eles estavam em cima da gente”, analisa.
A capacidade de recuperação do time de Ricardinho foi colocada à prova diante do organizado Vozão. Invicto há oito rodadas, o time cearense não demorou a mostrar o estilo próprio de jogo que exibe no campeonato. Com volantes adiantados, o visitante apertou o time paranista com uma marcação quase onipresente e por pouco não frustrou a escalada tricolor na tabela. No ataque, o time cearense tinha as melhores chances de abrir o placar. Entretanto, na base do “quem não faz, leva”, acabou surpreendido pela finalização ousada do ponta-direita.
A quinta vitória na Vila, pelo Nacional, veio com muito custo e em uma atuação quase impecável da defesa, que já não leva gols há quatro partidas consecutivas em casa. “Eles vieram com uma equipe técnica, de jogadores leves. Demoramos a encaixar, mas o time fez e não levou”, avaliou o meia Lúcio Flávio. “Isso é Série B. Não fomos brilhantes, mas vencemos”, resumiu o técnico Ricardinho.
O mérito da zaga, marcada pela boa atuação de Alex Alves, começou com observações e estudo do adversário. O Paraná já previa a postura do elenco de PC Gusmão. “A gente já esperava que eles viriam fechados, explorando o contra-ataque”, explicou o zagueiro.
Nas arquibancadas, o Tricolor contou com o apoio do maior público registrado na Vila neste Brasileiro — até então, o recorde do time no campeonato havia sido registrado na estreia de Lúcio Flávio, quando a casa paranista recebeu 5.245 pagantes. Contra o Ceará, 7.171 tricolores empurraram o time. Em festa, os torcedores viram o time conquistar o 21.º ponto e ficar a quatro de chegar ao grupo de classificação à elite do futebol nacional.
Fonte- Gazetadopovo