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Parceria duplica vocação da Arena

Antonio More / Gazeta do Povo / Parceria tem o objetivo de tornar a Arena também um palco para eventos fora do âmbito futebolístico
O Atlético anuncia hoje, em São Paulo, a parceria que terá a missão de tornar o Complexo Arena mais do que um estádio de futebol. A AEG Entertainment Group, um dos principais grupos de entretenimento do mundo, será a responsável pela gestão da Baixada com o objetivo de transformá-la em sede constante de eventos não esportivos.
Também buscará receitas tipicamente boleiras para o clube, ligadas a patrocínio de camisa e fornecimento de material esportivo. Um acordo válido por dez anos, contando a partir da data de inauguração da praça esportiva, mas já com diversos itens em vigência.A Gazeta do Povo teve acesso ao contrato, assinado entre as partes há quase dois meses. Enquanto as obras da Arena estiverem em andamento, o Atlético pagará US$ 40 mil mensais à AEG. A abertura oficial do estádio dispara o gatilho da parte principal do trato, com dez anos de duração e remuneração também a cada 30 dias de acordo com as receitas captadas pela empresa norte-americana: 12% da receita líquida do estádio e da areninha; 12% da receita de patrocínio do estádio e do clube; 9% das receitas com assentos premiums (salas de eventos, lounges, salões de festa, assentos vips e espaços de hospitalidade, entre outros).

As receitas do estádio serão compostas por venda dos direitos de comercialização de comidas e bebidas, naming rights, sinalização publicitária e patrocínios (inclusive de eventos) obtidos pela AEG.
As receitas do clube que entram na partilha são todas vendidas pela parceira referentes a patrocínio de uniforme, fornecimento de material esportivo, licenciamento de produtos usando a marca do clube e espaços de mídia controlados pelo Atlético (site oficial, TV CAP, internet, rádio WEB e rádio tradicional). O dinheiro de sócios, direitos de tevê e venda de jogadores segue integralmente com o Furacão.
Todo o dinheiro gerado pela parceria será depositado em uma conta conjunta de responsabilidade da AEG. Se faltar verba para as despesas dos serviços contratados, o Atlético deposita a diferença.
As atividades já vigentes são definidas no documento como “Serviços do Período Pré-Abertura” e, basicamente, se referem a estratégias de planejamento. A empresa também apresentou um orçamento das prováveis receitas e despesas deste período inicial.
Em seu depoimento na Co­missão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Co­­pa, semana passada, na As­­sembleia Legislativa, o presidente rubro-negro, Mario Celso Petraglia, chegou a dizer que a decisão de instalar um teto retrátil na Arena e comprar cadeiras mais confortáveis foi sugestão da AEG para a realização de eventos não esportivos. Na segunda-feira, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, também elogiou a cobertura.
A inauguração do estádio dá início ao “Período Pós-Abertura”. Nesta etapa, os serviços da empresa envolvem, entre outros, gerenciar e operar todos os aspectos do estádio, definir e ajustar preços, planos e taxas para usuários, vendas de patrocínio e assentos plenos, organização e agendamento de eventos.
A cada início de ano, a AEG apresenta ao Atlético um orçamento com previsão de receitas e despesas do estádio. O plano só é executado com o aval do clube.
A administração da Arena será conduzida por um gerente-geral contratado pela AEG, bem como os demais ocupantes de cargos de gestão. Haverá, ainda, uma equipe contratada pelo Atlético.
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