O presidente do Atlético, Marcos Malucelli, disse que poderia esperar pelo técnico Caio Júnior até o fim de março – deixando até lá o time sob o comando do interino Leandro Niehues. O problema é que o dono do Al Gharafa, do Catar, sheik Hamad Bin Thamer Al Thani, não liberou o treinador antes do fim da temporada asiática – que vai até o fim de maio.
O anúncio foi feito pelo próprio treinador em seu twitter na noite deste sábado (19). "Conversei com o Sheik Hamad e cumprirei meu contrato com o Al Gharafa até maio", disse o cascavelense.
A reunião entre Caio Júnior e o sheik ocorreu no sábado e tão logo terminou a diretoria atleticana foi informada. A decisão de esticar o prazo ou encerrar as negociações ficou a cargo de Malucelli, porém ele não atendeu o telefone para comentar o assunto até o momento do anúncio de Caio – assim como o gerente de futebol Ocimar Bolicenho.
A tendência é que o clube passe a procurar outro profissional. A última partida do Al Gharafa na primeira fase da Liga dos Campeões da Ásia será no dia 15 de maio. Caso se classifique, joga pelas oitavas de final no dia 22. É o mesmo dia do início do Brasileiro. Ou seja, o Rubro-Negro seria obrigado a iniciar o Nacional sem um treinador efetivo.
Apenas a partir desta data Caio Júnior estaria liberado, pois as quartas de final da Liga dos Campeões da Ásia só serão disputadas em agosto – após o fim de seu contrato.
O sheik ainda disse ao técnico que pretende convencê-lo a permanecer no Catar. Por isso, mesmo que Malucelli decida esperar, ainda há o risco de o Al Gharafa jogar alto em uma nova proposta.
Luiz Carlos Saroli recebeu o apelido Caio Júnior quando era jogador da base do Grêmio e havia um Caio no time principal que foi considerado parecido com ele pelos companheiros. Quando jogador, além do Tricolor Gaúcho e das categorias de base do Cascavel, ele defendeu o Vitória de Guimarães, o Estrela da Amadora, o Internacional, o Belenenses, o Novo Hamburgo, o Paraná Clube, o XV de Piracicaba, o Paulista, o Iraty e o Rio Branco de Americana. Aos 45 anos, o técnico nascido em Cascavel, começou a trabalhar no Paraná Clube e passou por Cianorte, Londrina, Palmeiras, Goiás, Flamengo, Vissel Kobe até chegar ao Al-Gharafa.
