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Com salários modestos e contratos curtos, veteranos são maioria no Paranaense Boleiros com esse perfil são maioria no Estadual 2012, que começa neste domingo

 Josué Teixeira/Gazeta do Povo  / Renato, 27 anos, com contrato de seis meses com o Operário, tenta usar a expêriencia para se destacar no Estadual e conseguir outros contratos na temporada

O Campeonato Paranaense, com início neste domingo, às 17 horas, oferece oportunidade de emprego para uma turma na faixa dos 27 anos, no sétimo clube da carreira, contrato de 10 meses e salário de R$ 3 mil por mês. Usando o bordão da moda: “guerreiros” do futebol.O cenário acima se baseia na ficha de 55 dos 110 jogadores que deverão entrar em campo como titulares hoje pelos chamados “pequeno’’. Idade, duração do contrato, quantos clubes defendeu, além do padrão salarial, revelam os “tipos médios” do Estadual.

Nesse retrato se enquadra o zagueiro Renato, do Operário. “É a minha percepção também e o caso do nosso time, que tem bagagem, é experiente, perto dos 30 anos. O Paranaense é uma boa vitrine para quem está nessa situação”, declara o atleta.


A partir da rodada inaugural, o jogador terá pouco mais de 3 meses, ou 22 partidas – a última rodada está marcada para o dia 29 de abril –, para mostrar serviço. E, se tudo der certo, realizar o desejo geral: uma transferência, preferencialmente para o eixo Rio-São Paulo. Há associações, por exemplo, com todo o grupo titular com acerto até o fim do regional.


“Todo mundo procura um contrato mais vantajoso, ganhar mais, em um centro maior do futebol brasileiro. Mas não dá para reclamar da vida por aqui”, afirma o meia-esquerda Felipe, do Cianorte, 30 anos.

A condição de “trampolim” das agremiações paranaenses é reforçada por outro aspecto. “In­­felizmente, nem todos os times têm calendário para o segundo semestre. Por isso é importante se destacar para continuar em atividade nas competições nacionais”, comenta o veterano apoiador.
Outra marca da disputa é o fenômeno do “eterno retorno”. São inúmeros os atletas que já vestiram duas ou mais camisas diferentes no Estado. Trata-se do caso de Rodrigo, do Rio Branco. Catarinense de Itajaí, em sete anos o zagueiro passou por Paranavaí, Galo Maringá, Londrina, Nacional e Toledo, além do Leão do litoral.
“Esse é um lado bom. Se você se destacar, ganha confiança e deixa as portas abertas. Os dirigentes sabem com quem eles podem contar e sempre nos chamam, pois comprovamos o nosso valor. Por isso sempre voltei”, declara o defensor de 35 anos.
O lado ruim é a remuneração baixa em comparação aos rendimentos no fu­te­­bol gaúcho, mineiro e, claro, carioca e paulista. No Parana­ense, o craque do interior fatura, no máximo, R$ 8 mil. Enquanto a molecada sobe do amador para o profissional levando em torno de R$ 1 mil.

“São os salários que podemos pagar, de acordo com a nossa visibilidade etc. Nem sempre é o que o jogador sonha, mas aqui ele não corre o risco de não receber. Isso faz a diferença”, diz Adir Kirst, diretor de futebol do Cianorte.


Fonte: Gazetadopovo
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