O ciclo do volante Edmilson no futebol acabou. O volante, que defendeu o Arapongas na última temporada, anunciou na sexta-feira que havia tomado a mais difícil decisão na carreira: vai pendurar as chuteiras. Aos 36 anos, o ex-capitão do Londrina decidiu que era o momento de trocar o gramado pelos bancos da universidade e assim preparar a carreira que escolheu para o futuro, a de treinador.
Edmilson ainda tinha propostas para a temporada 2013, mas decidiu "parar por cima", referindo-se à temporada do Arapongas, que foi campeão do interior no Campeonato Paranaense e garantiu vaga pela primeira vez na história do clube em competições nacionais, ao se classificar para a Copa do Brasil do ano que vem e Série D do Campeonato Brasileiro, competição que o time da Cidade dos Pássaros se despediu no domingo passado.
"Eu tinha condições de jogar mais alguns anos, mas decidi parar por cima. Às vezes pego um time que vai brigar para não ser rebaixado e achei melhor não. Foi um ano produtivo e decidi parar em uma situação boa, no momento certo", afirmou o ex-jogador.
O paulistano Edmilson jogou no Juventus-SP, Suzano, Nacional de Rolândia, Fortaleza, Ceará, Ulsan Hiundai, da Coreia do Sul, Vissel Kobe e Roasso Kumamoto, ambos do Japão, além do Arapongas. Mas foi no Londrina e no japonês Oita Trinita que ele viveu seus melhores momentos e foi ídolo. No Tubarão foram três passagens – 2001, 2005 e 2007. Gostou tanto da cidade que fixou residência por aqui. Já no time japonês, foram cinco temporadas e a conquista da Copa Nabisco, o título mais importante da carreira dele e da história do Oita.
Marcou tanto por lá que, quando reencontrou o Oita vestindo a camisa do Vissel Kobe, foi ovacionado pela torcida e homenageado. "O clube me marcou bastante, principalmente pela despedida que fizeram para mim, mesmo eu vestindo a camisa do adversário", contou Edmilson, que sonha um dia ser treinador do Oita.
Edmilson está no primeiro semestre do curso de Educação Física e pretende fazer carreira como treinador. Porém, quer começar a estagiar com técnicos amigos e quem sabe arrumar um emprego de auxiliar. Neste último ano, ele praticamente desempenhou esta função no Arapongas. "Ajudei bastante fora de campo, no dia a dia, conversando com os atletas. E é isso que vou fazer. Ainda não é o momento de ser treinador, mas quem sabe auxiliar", disse.
E para se adaptar à nova vida de ex-atleta, ele não vai parar com o futebol. Mas agora, será o society. Já até tem time para disputar um campeonato de clube. "Vou continuar com os exercícios e agora as peladas", finalizou.
Fonte: Folhadelondrina
